Tá rolando hoje (11/04/14), no Largo da Batata, em São Paulo, uma Mostra de Economia Feminista e Solidária. Quando fiquei sabendo do evento quase pulei de alegria. Juntar duas causas que eu defendo – a igualdade social, política, econômica e cultural entre os gêneros e uma economia não-capitalista, que beleza! Não podia perder.
Cheguei lá umas 11h, mas desde as 10h da manhã estavam montadas tendas para venda de artesanato, roupas, comidas e bebidas, tudo feito por mulheres. Na maior delas aconteciam as oficinas. Quando cheguei a de crochê de grampo estava acabando, e fiquei para aprender como se faz tear de dedos. Sentada com várias mulheres, trocando experiência, me senti no lugar certo.
Uma das organizadoras me explicou que economia solidária é uma que tem como princípios a autonomia e a igualdade, ou seja, não tem chefes ou hierarquia, muito menos exploração. As decisões são tomadas coletivamente, assim como a divisão da renda (elas não trabalham com lucro, mas com ‘sobras’). E pensando assim fica claro que tem tudo a ver com o feminismo, né? Um ponto importante e menos óbvio é que, na economia feminista, o trabalho doméstico é visto como trabalho mesmo, e o objetivo é que as responsabilidades de manutenção da vida sejam divididas com os homens e o Estado. Nela, “o cuidado da vida deve estar em primeiro lugar, porque é muito mais importante do que os lucros do mercado” (Para Entender A Economia Feminista, pág. 13 – Sempreviva Organização Feminista).
Depois fui dar uma volta nas tendas, para ver o que tinha de bom. Levei 50 reais para gastar lá e foi uma das oncinhas que mais renderam na minha vida, tirando aquelas que ganhei na infância. Tinha comidinhas livres de agrotóxico, produtos de beleza naturais, roupas, sacolas, papelaria reciclada, bijus, peças de decoração e os clássicos panos de prato pintados. Fiquei muito feliz em perceber que a ecologia anda junto nesse tipo de organização. É sustentabilidade em todos os sentidos ♥
Para fechar com chave de ouro, tudo aconteceu num local público, que, depois da obra anti-urbana feita pelo Estado, sem lugar para sentar, sem sombra, sem vida, fez com que a população local se organizasse e ocupasse a Batata (deem um olhada na página A Batata Precisa de Você). Fiz duas fotos panorâmicas de lá, você pode ver entrando aqui e aqui. A realização do evento é do SOF (Sempreviva Organização Feminista). Contatos: (11) 3819-3876 | amesol.feminista@gmail.com | www.sof.org.br
A Literatura dá voz às vítimas de abuso e violência sexual.
wow!
quando as confissões se libertam
on the road, coisas desiguais
Feminismo na prática
Magia natural, tarot e amor
adorei o bloquinho ❤
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